Temas diversos

ESMP lança novo programa de podcast sobre inovação

Para Oliveira e Costa, "a Escola utiliza a aprendizagem para dar sustentação ao trabalho do Ministério Público"

Nesta segunda-feira (05/07), a Escola Superior do Ministério Público de São Paulo lança o PODInovar, o novo podcast sobre inovação, que contará com programas quinzenais, sempre entrevistando especialistas nos mais diversos temas, levando os integrantes do MPSP, assim como toda a sociedade, a se aprofundarem em processos inovadores.

Apresentado por Nuno Manzano, coordenador do InovaESMP, espaço de inovação da Escola criado em 2021, este primeiro programa tem como tema Inovação no setor público e o entrevistado é Fabro Steibel, que tem mais de 20 anos de experiência na área e é diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade Rio e membro do Global Council do Forum Econômico Mundial.


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Quem fala sobre este lançamento e o propósito da ESMP, no sentido de apoiar o importante trabalho de inovação que a Procuradoria-Geral de Justiça vem realizando, é Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, diretor da ESMP. "Muito foi feito em termos de inovação pelo Ministério Público de São Paulo, contudo, é necessário que a Escola Superior, que é a área que deve dar sustentação a essas inovações, transmita essas mudanças em forma de aprendizado para todos os integrantes da nossa instituição", acredita Oliveira e Costa.

Confira a entrevista.
 

Alinhada com o movimento de aperfeiçoamento tecnológico e de inovação no MPSP, a Escola Superior criou, em 2021, seu espaço de inovação, o InovaESMP. Qual o objetivo deste projeto?

O objetivo é dar ênfase a algo absolutamente necessário nas Escolas de Ministério Público: um espaço que prioriza as inovações.

Com a pandemia, surgiu uma enorme necessidade e uma oportunidade das instituições se reinventarem. Muito foi feito em termos de inovação pelo Ministério Público de São Paulo, contudo, é necessário que a Escola Superior, que é aquela área que deve dar sustentação a essas inovações, transmita essas mudanças em forma de aprendizado para todos os integrantes da nossa instituição.

Por isso, o InovaESMP tem por objetivo identificar, não apenas no Ministério Público de São Paulo, mas em todas as instituições do sistema de Justiça do Brasil, quais são as melhores práticas em termos de inovação que permitem que o Ministério Público possa avançar cada vez mais.

 

Como o senhor comentou, a pandemia mostrou a urgência em inovar. De que maneira a ESMP vem atuando nesse contexto de crise?

Muitas das ações que foram realizadas durante a pandemia, pela nossa Escola e pelo Ministério Público de São Paulo, são inovadoras por si só. Não apenas aquelas que representam a aquisição de uma ferramenta tecnológica, mas a inovação também está em criar novos processos, novas formas de trabalho, de gestão, em aprimorar processos de atuação.

Um grande exemplo de inovação é o Grupo de Trabalho de Enfrentamento à COVID-19, criado pela Procuradoria-Geral de Justiça, que permitiu que o MP agisse por meio de enunciados, fazendo com que todos seus integrantes voltassem a ter uma visão orgânica da nossa instituição.

O papel da Escola tem sido jogar luz a essa cultura, permitir que as pessoas se apropriem dessas ações, e a partir daí capilarizem e repercutam em todo o estado de São Paulo. Desde o início da pandemia, fizemos isso por meio de cursos, reuniões ampliadas, webinars, programas de podcast, e atingimos um público até mesmo internacional, levando a experiência do MPSP para todo o estado, para o Brasil e para o mundo.

 

Qual a relevância dos processos de aprendizagem e capacitação para o sucesso dos processos de inovação?

A Escola Superior, embora não seja única, é a área mais qualificada para a entrega deste valor: a inovação. Primeiro, para que a gente possa, de maneira didática, prática e objetiva, entender suas características; segundo, para que seja feita a análise de práticas já experimentadas nesse sentido.

Um bom exemplo, é quando olhamos para as ferramentas tecnológicas. Elas, por si só, não representam inovação, na realidade, a ferramenta dá sustentação. Por isso, tão importante quanto termos ferramentas de inteligência, é promovermos um ambiente para que nossos integrantes possam estar capacitados para usá-las, para fazer as perguntas certas e para analisar os resultados.

Na Escola do MPSP nós já conseguimos, por meio de eventos e cursos, fixar, dentro da instituição, a importância e a compreensão desse tema. E o momento que nós enfrentamos agora mostra a importância de uma área específica, como o InovaESMP, para aprofundar o conhecimento, a aprendizagem e dar capilaridade a esse trabalho.

 

Um dos projetos do InovaESMP é o PODInovar, um podcast simples e de conteúdo aprofundado sobre inovação. O que o público pode esperar e por que este é um importante canal de aprendizagem?

Em fevereiro de 2020, a Escola criou seu canal de Podcast, que tem por objetivo abranger não apenas o seu público interno, mas toda a sociedade que é destinatária das nossas ações.

Baseado nessa experiência, estamos lançando o PODInovar, um programa com atenção específica nas inovações. Conteúdo simples, rápido e de muito fácil compreensão a respeito de uma gama de ações que podem ser aplicadas na rotina de trabalho, na vida pessoal, no nosso trabalho perante a sociedade.

O público pode esperar conteúdo contemporâneo, que tenha uma importância prática e que venha a melhorar até mesmo o que já fazemos com excelência. O objetivo da inovação é dizer às pessoas que aquilo que elas estão fazendo no dia a dia pode ser realizado com menos esforço, mais eficácia e maior resolutividade. Temos certeza de que terá uma enorme adesão!

 

Em 2020, a ESMP realizou uma pesquisa, com alunos e professores, dentre eles, membros e servidores do MPSP, que mostrou as preferências e necessidades desse público. Qual a relevância dessa gestão mais democrática?

Como princípio, nós entendemos que toda Escola, para que possa transmitir o valor da aprendizagem, precisa estar muito próxima dos seus destinatários. Através de um olhar sensível e escuta expansiva, nós passamos a buscar as demandas daqueles que frequentam a nossa Escola, dando um norte muito mais fundamentado às ações.

Isso trouxe um resultado muito importante, porque nós estamos definindo conteúdos que façam sentido para as pessoas. Não adianta a Escola, unilateralmente, definir todos os conteúdos de aprendizagem, porque isso pode não estar alinhado com as necessidades de nossos alunos e alunas e da sociedade, e, consequentemente, não ter a adesão necessária.

Quando você democraticamente convida as pessoas para participarem, elas comparecem com muita criatividade!

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