A Escola Superior do Ministério Público (ESMP), com apoio da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), promoveu o evento “As ferramentas digitais de investigação e de análise de dados no combate à corrupção” na última sexta-feira (17/5).

O simpósio ocorreu na sede da Escola Superior e  contou com a presença de 130 participantes entre promotores de justiça de São Paulo, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, além de servidores e estagiários do MPSP.

Na abertura do evento, o promotor de justiça assessor da ESMP Alexandre Rocha Almeida de Moraes destacou a importância do debate para análise do modelo de investigação criminal. Segundo ele, o Ministério Público precisa construir um modelo de investigação criminal de forma institucionalizada, levando em consideração a revolução tecnológica.

“A revolução tecnológica e o combate à corrupção se encontram neste evento, novos meios de investigação, novos meios de obtenção de prova e um novo modelo de processo penal. Por isso, precisamos nos perguntar: onde está o MP nesse processo?”, indaga Alexandre Rocha de Moraes.

Falando sobre a efetividade da atuação do MP, ele ressaltou que a formação multidisciplinar do operador do Direito é cada vez mais importante. Enfatizou também a necessidade de definir um rumo no modelo de política de investigação criminal do MP brasileiro.

“Historicamente, nós fomos construindo essa política por heranças de colegas que tinham experiências particulares em outros órgãos do aparato de segurança pública, mas nunca paramos para definir se esse modelo é condizente com o Estado social e democrático de direito”, argumentou Alexandre Rocha de Moraes.

Também participaram da mesa de abertura do simpósio Arthur Pinto de Lemos Júnior (promotor de justiça coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal); Amauri Silveira Filho (promotor de justiça secretário executivo do GAECO/MPSP) e Octávio Celso Gondim Paulo Neto (promotor de justiça do MPPB).

 

Palestras

A palestra de abertura debateu o tema “MP no século XXI: a tecnologia da informação a serviço do enfrentamento à corrupção”.

O palestrante foi Octávio Celso Gondim Paulo Neto (promotor de justiça MPPB). A presidência da mesa ficou a cargo de Amauri Silveira Filho (promotor de justiça do MPSP).

A primeira mesa falou sobre as “Aplicações tecnológicas de investigação e análise de dados do TCU na prevenção e combate à corrupção”.

Para debater esse tema, o simpósio contou com a participação de Daniel Corrêa da Silva (auditor federal do TCU) e a presidência da mesa ficou a cargo de Ernani de Menezes Vilhena Júnior (promotor de justiça assessor do CAO/Patrimônio Público).

No período da tarde, o primeiro debate foi sobre o tema “O desenvolvimento das ferramentas de informação no MP nacional e soluções de análise financeiro-patrimonial”.

Luiz Felipe Carvalho Silva (promotor de justiça militar) foi o expositor do tema e o presidente da mesa foi Richard Gantus Encinas (promotor de justiça do CYBER GAECO/MPSP).

A última mesa temática do simpósio tratou das “Ferramentas de análises patrimonial e de telecomunicações do MPSP”.

Para esse tema, o evento contou com a exposição de Mylene Comploier (promotora de justiça coordenadora do CAEX/MPSP). Já a presidência da mesa ficou a cargo de Leonardo Leonel Romanelli (promotor de justiça do GAECO/Ribeirão Preto).