ESMP promove palestra com sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima - MPSP - Escola
ESMP promove palestra com sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima
Evento marcou encerramento do II Curso de Extensão em Direitos Humanos
Na última quarta-feira (27/11), a Escola Superior do Ministério Público (ESMP) promoveu a última aula do II Curso de Extensão Universitária em Direito Humanos. Essa aula contou com a presença dos sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima: Takashi Morita, Kunihiro Bonkohara e Junko Watanabe.
Durante o curso, foram ministradas dez aulas presenciais que debateram temas como realidade brasileira, democracia, tolerância religiosa, opinião política, inclusão social, direitos da mulher, de diversidade sexual e de gênero, das pessoas com deficiência mental e dos refugiados.
A última aula foi aberta pelo ex-Procurador Geral de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Claudio Ferraz de Alvarenga, que falou sobre a importância da cultura da paz, da tolerância e da dignidade humana. Os relatos dos sobreviventes foram intermediados por Rogério Nagai, idealizador e coordenador do projeto “Sobreviventes pela Paz”.
Os sobreviventes Takashi Morita (95 anos), Kunihiro Bonkohara (79 anos) e Junko Watanabe (76 anos) relataram a luta pela vida após a explosão da bomba atômica em Hiroshima em 6 de agosto de 1945, durante a 2° Guerra Mundial. O trio participa de uma peça de teatro documental que aborda a imigração ao Brasil no período pós-guerra.
Falando sobre a história dos sobreviventes, o ex-PGJ Cláudio Ferraz de Alvarenga destacou a renovação da compreensão “pela saga que eles enfrentaram e, acima de tudo, pelo esforço e capacidade de nos dar uma lição de vida de enxergar o que devemos fazer para evitar que isso ocorra, punindo quem cometa qualquer tipo de infração contra a dignidade do homem e contra minorias”.
O Promotor de Justiça Assessor da ESMP Reynaldo Mapelli Júnior destacou o papel do Ministério Público e o objetivo dos depoimentos. Para ele, os relatos ajudam a manter a memória em relação a todo sofrimento causado pela guerra e sempre lutar para que, casos como o de Hiroshima e Nagasaki, nunca mais ocorram.
“Tudo o que ouvimos aqui nos causa um sentimento de indignação. Estes relatos são muito importantes, pois nos auxiliam a compreender os horrores sofridos em Hiroshima. Devemos lutar sempre pela paz, para que isso nunca mais se repita. Além disso, é nosso papel garantir a dignidade da pessoa humana”, argumentou.